Mata Atlântica, agrofloresta, plantas medicinais, viveiro de mudas, agroecologia, frutas nativas, plantas de terreiro, associativismo, plantas alimentícias não-convencionais, meliponicultura, tudo isso faz parte do nosso universo aqui no sítio. Parece coisa demais, e é mesmo. Mas tudo se complementa e faz parte de uma maneira de pensar a agricultura, a partir da diversidade, da abundância e da complexa teia de relações entre o seres vivos, tão características do nosso ambiente de Mata Atlântica.


Estamos interessados em todas as alternativas pra manter a floresta em pé, a pessoa no campo, e a comida saudável na mesa. Tudo caminha para a valorização da nossa biodiversidade, nossa cultura alimentar, nosso conhecimento ancestral das plantas, nossa diversidade de modos de vida, tudo caminha para o fortalecimento do pequeno produtor rural.


Nossos produtos fazem parte e são resultados do processo de restauração da área do nosso sítio, que antigamente tinha sido desmatada para produção de carvão, depois foi explorada com monocultura de mandioca e, por fim, pastagem.


Estamos aqui desde novembro de 2019, e desde então não há mais criação animal, e nunca mais apareceu nenhum adubo químico, agrotóxico ou transgênico. Para além de práticas de cultivo orgânico, agroecológico e agroflorestal, que restauram a vida do solo e multiplicam biodiversidade, existe o trabalho de recuperação de nascentes, desassoreamento de córregos, descompactação do solo das áreas de plantio/restauração, manejo das águas de enxurrada, enfim, vários processos complexos e muito trabalhosos que assumimos como compromisso de transformação desta área em Floresta Produtiva.


Quando você recebe seu pacotinho de chá, antes de curar você, essa planta já foi parte da cura de 20 hectares de Mata Atlântica. É muito pouco quase nada pra reverter o apocalipse né, mas pelo menos você sabe de onde vem o que você consome, e o que está envolvido no caminho desse produto das nossas mãos até as suas.